Ayrton Senna, o lendário piloto brasileiro de Fórmula 1, é lembrado até hoje como um dos maiores nomes do esporte automobilístico mundial. Sua morte prematura em um acidente no circuito de Ímola, em 1994, deixou uma marca indelével para fãs e admiradores. Mas o legado de Senna transcende suas conquistas nas pistas e alcança outras esferas de sua vida.

Um objeto que se tornou peça importante das memórias que remetem a Ayrton Senna é o seu telefone favorito. Esse objeto de tecnologia, indispensável para nós hoje em dia, tem uma história muito particular na vida do piloto. É sobre isso que falaremos adiante.

O telefone em questão é da marca Ericsson, modelo GH 337. Em 1987, quando Senna se mudou para a Inglaterra para competir pela Lotus, esse foi o telefone que ele comprou. O modelo era bem avançado para a época, e possuía algumas funções que eram novidade na época, como a capacidade de armazenar até 99 contatos e o recurso de visualização de chamadas.

Senna ficou tão encantado com o telefone que o usa até hoje, mais de três décadas depois. O modelo, que agora já é considerado uma relíquia pelos padrões de tecnologia atuais, faz parte do acervo do Instituto Ayrton Senna, organização criada para perpetuar o legado do piloto.

Mas por que esse telefone tornou-se tão importante para Ayrton Senna? Os biógrafos do piloto contam que ele tinha um apego grande a objetos que lhe traziam sorte, e que ele sempre levava consigo para as corridas. Alguns exemplos incluem um pequeno ícone de Nossa Senhora Aparecida, uma cinta que sua mãe costurou em seu macacão para que ele se sentisse protegido, e, claro, o seu telefone favorito.

Senna se habituou a usá-lo sempre, e acreditava que se não o fizesse, algo de ruim poderia acontecer. Com a popularidade crescente do piloto, a marca Ericsson se viu agraciada pelo efeito Senna, e seus telefones se tornaram objeto de desejo no Brasil.

O modelo GH 337, que havia sido lançado poucos anos antes, virou uma febre no país, vendendo milhares de exemplares. A marca até criou uma campanha publicitária com Senna no Brasil, em que ele dizia que Ericsson é celular de campeão.

O telefone favorito de Ayrton Senna tornou-se um ícone de sua trajetória, e partiu junto com ele quando ele se mudou para o Mônaco. O telefone que ficou no Brasil foi leiloado em 2018, e arrecadou R$ 400 mil em favor do Instituto Ayrton Senna.

Em resumo, esse objeto de tecnologia despretensioso se tornou uma parte fundamental da história e da memória de Ayrton Senna. O telefone favorito do piloto, um modelo tão comum em sua época, simboliza as superstições e rituais que acompanhavam Senna nas corridas, além de ser parte da história do automobilismo mundial e da popularização do avanço tecnológico que as telecomunicações representam.